Ainda depende de sanção do presidente Michel Temer o atalho para que o Estado possa voltar a fazer contas de investimentos em carvão. Os defensores da inclusão da modernização do parque térmico incluída na Medida Provisória 735 se ressentem da recomendação em contrário do ministro do Meio Ambiente, Zequinha Sarney.
O argumento do presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, é de que a proposta não agrega novas capacidades em fonte fóssil. Representaria apenas a substituição de usinas antigas, mais poluentes, por térmicas mais limpas.
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Caso o programa seja aprovado, abriria possibilidade de fazer um leilão específico para substituir unidades antigas como as de Charqueadas, que fecha no final do ano, e as fases A e B de Candiota, que enfrentam problemas na redução de danos ambientais.
Nas contas da ABCM, 1,4 mil megawatts (MW) terão de sair do sistema até o fim de 2027. A intenção seria permitir a substituição dessa geração que embute mais emissões por energia firme – sem depender de fatores climáticos – pela mesma quantidade, alinhada ao Acordo de Paris, em vigor desde sexta-feira.