Eleições municipais têm pouco impacto sobre a macroeconomia, mas são cruciais para a micro. Onde será investido o escasso recurso público, com que rigor serão fiscalizados seus gestores, como serão tratados os negócios na cidade são questões definidas nas prefeituras.
Em Porto Alegre e outras cidades, há grupos defendendo o voto nulo ou em branco. Para ajudar a refletir sobre a dificuldade, o peso e as consequências das opções, a coluna relaciona filmes que tratam do tema sob diversos pontos de vista, dos mais leves aos mais dramáticos.
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A Escolha de Sofia (1982)
O livro de William Styron e o filme de Alan J. Pakula popularizaram a expressão que traduz uma opção difícil, senão impossível. As narrativas começam em clima distendido, mas evoluem até chegar à imposição devastadora, qualquer que seja. É um clássico, mas nem assim haverá spoilers. Só um aviso: ainda é dolorido, porém essencial.
Sr. Ninguém (2009)
O personagem do título é o último humano a morrer de causas naturais. Os demais se tornaram imortais. Mas versões de suas lembranças variam à medida em que acentuam os detalhes. Com bom elenco (Jared Leto, Diane Kruger e Sarah Polley), reflete sobre o peso de cada escolha.
Um Conto Chinês (2010)
Entre imprevistos e pequenas decisões, faz um tratado leve e bem-humorado sobre a inutilidade da tentativa de controle total. Um Ricardo Darín em um de seus melhores momentos tem a vida transformada ao acolher um chinês que "cai do céu" em Buenos Aires.
Trem Noturno para Lisboa (2013)
O poder transformador de escolhas banais e complexas. Conta a história de um professor britânico que evita o suicídio de uma jovem, desencadeando a tentativa de entender opções de outro personagem.