Não foi sem esforço, mas Porto Alegre garantiu seu lugar entre as capitais mundiais da inovação. Nos dias 3 e 4 de novembro, a cidade promove pela primeira vez o 100 Open Startups, organizado pela Innovate em duas dezenas de cidades. No Brasil, há 61 grandes empresas patrocinadoras, que transformam o evento em ponto de conexão com novas ideias.
Gabriela Cardozo Ferreira, diretora de inovação e desenvolvimento da PUCRS, conta que a mobilização começou quase por vergonha – no ano anterior, uma empresa gaúcha ficou entre as cem primeiras no ranking no Brasil, mas teve de ser inscrever por Florianópolis, porque não havia etapa local.
– A intenção e movimentar o ecossistema empreendedor, até porque estamos precisando – diz Gabriela, em referência à crise econômica no país e no Estado.
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Neste ano, o Tecnopuc (foto) vai receber, mas a ideia é girar o evento, a partir de agora, entre todos os que contribuem com sua organização – InovaPoA, PoA Digital, UFRGS, Sebrae, Associação Gaúcha de Startups e aceleradoras Venture e Wow. Para a etapa local, inscreveram-se 120 empresas e projetos – 70% da Capital e 30% do Interior – de 16 municípios diferentes.
O mapa das inscritas dá outro sinais curiosos sobre o ambiente de inovação no Estado: 50% das startups funcionam na casa ou na garagem dos sócios ou em incubadoras, 38% são novos empreendimentos – tem bastante gente há mais tempo na estrada –, 47% já têm produtos ou serviços em fase de comercialização e 35% já têm algum tipo de faturamento. Mas o que mais chamou a atenção de Gabriela foi que 85% estão em busca de investidores. O que intrigou foram os demais 15%, que parecem ter equacionado o maior obstáculo na vida dos novos empreendedores.
Quem acha que tem potencial mas perdeu os prazos formais para disputar atenção de investidores ainda pode participar de um open pitch no dia 3. Se passar, ganha mentoria com foco na apresentação inicial e vai encarar os demais no dia seguinte, que pontua para estabelecer o novo ranking das cem startups mais promissoras.
