Começa a se desfazer a bruma de mistério em torno da 4all, gaúcha que se apresenta como a primeira plataforma all-in-one do Brasil. Já tem muita gente – 8 milhões – usando os serviços sem saber. Parte das ferramentas já está no ar há oito meses. Segundo a empresa, vai permitir estacionar sem filas, reservar mesa e pagar a conta do restaurante, recarregar cartão de transporte, marcar horário no médico e no salão de beleza. Terá ajuda de chatbot (simulador de humano no contato com pessoas), realidade aumentada e inteligência artificial. E sem custo para usuário final.
Muito bom para ser verdade? A iniciativa de José Renato Hopf, fundador da GetNet, vendida ao Santander por R$ 1,1 bilhão em 2014, vai faturar com uma pequena taxa descontada nos pagamentos, em tese desembolsada por quem recebe.
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A apresentação oficial terá Fernanda Lima, em 3 de novembro. A definição do primeiro cliente, o shopping Total, ajuda a explicar o negócio: pelo aplicativo do centro comercial ou da própria 4all, será possível pagar estacionamento, refeições e até quitar compras em lojas. E, em tudo, a empresa vai ganhar um pouquinho.
Embora desenvolva softwares, esse não será o negócio da 4all. A empresa até faz, mas não se limita a entregá-los para o cliente utilizar. Seu alvo é integração. Embora Zé Renato, como o empreendedor é conhecido, seja discreto, a ambição da 4all não é modesta: quer redefinir o relacionamento entre empresas e clientes em plataforma aberta.
Até o final do ano, o foco da 4all será Porto Alegre. Depois, quer ganhar o Brasil com ajuda de empresas gaúchas com atuação nacional. Mais suspense...