Enfim, o balanço da viagem à China não foi muito favorável a Michel Temer. Cometeu uma gafe com a indústria nacional comprando um sapato chinês, arqui-inimigo do emprego nas indústrias do país, não ficou bem na foto – literalmente –, deu declarações pouco informadas e inspiradas sobre os protestos contra ele no Brasil. Mas na volta, fez o que se esperava que fizesse: decidiu que a proposta de reforma previdenciária vai sim, para o Congresso, antes das eleições municipais. Deu a maior demonstração de inteligência política: aprendeu com os erros alheios. Evitar desgastes no período pré-eleitoral detona o capital de credibilidade de qualquer governante, tenha sido individualmente legitimado por votos ou não.
Hora de decisão
Os novos trajes do presidente Temer
Governo tem o desafio de convencer contribuintes que reformas impopulares são a opção menos ruim para tirar o país da crise
Marta Sfredo
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