O desemprego ainda tira o sono, mas a perspectiva de noites mais tranquilas ganha força. Em julho, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu pela quinta vez seguida e atingiu 89,1 pontos, o maior nível desde março de 2014 (veja o gráfico).
O resultado sinaliza redução do ritmo dos cortes. Para o pesquisador Fernando de Holanda Barbosa Filho, o indicador reflete principalmente a alta da confiança da indústria.
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O levantamento da FGV reforça a tendência detectada pela consultoria gaúcha Produtive, publicada nesta terça-feira pela coluna, que observou avanço de 16% na oferta de vagas no primeiro semestre de 2016 na Região Sul.
– Há expectativa de melhora no futuro. Mas tudo isso depende de como a economia se portará – pondera Barbosa Filho.
Para sustentar o necessidade de continuar com os pés no chão, o pesquisador lembra que o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) ficou em 96,8 pontos em julho, ao recuar 0,8 ponto, o que mostra que "a situação ainda é ruim".