Na semana em que Theresa May assume como primeira-ministra do Reino Unido, a coluna seleciona histórias de mulheres britânicas poderosas, na história e na ficção. Embora o colega Luiz Antônio Araújo já tenha advertido que o modelo Thatcher seria plus size para Theresa May, as comparações serão inevitáveis. Mas é útil conhecer mais sobre esse país muito conservador que não discriminou pessoas por seu gênero.
Elizabeth (1998)
Considerado a consagração da atriz Cate Blanchett, mostra a trajetória de Elizabeth I, que assume a coroa britânica em um período conturbado e violento. Discute as formas de exercer e simbolizar o poder da soberana que herda um país praticamente falido, derrota a "invencível Armada" espanhola e consolida o império em que o sol jamais se põe.
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A Rainha (2006)
Um dos momentos mais difíceis do atual reinado de Elizabeth II foi a morte da princesa Diana. Incapaz de absorver e compreender a reação emocional dos britânicos à perda, a rainha se fecha com a família no palácio Balmoral. Um esperto Tony Blair (Michael Sheen), recém-empossado como primeiro-ministro, torna-se uma espécie de gestor de crise.
O Escritor Fantasma (2010)
Um dos poucos primeiros-ministros a inspirar obras de ficção, Tony Blair encara aqui uma versão menos lisonjeira do que a de A Rainha. Inspirado na adesão britânica à ofensiva ao Iraque depois do 11 de setembro, o filme de Roman Polanski é inspirado em um livro de um ex-assessor de Blair que adere a teses conspiratórias e acaba fortalecendo o papel de uma mulher.
A Dama de Ferro (2011)
Mais admirado pela "transformação" de Meryl Streep em Margareth Thatcher, a primeira-ministra com mais tempo no cargo no século 20. Os britânicos não gostaram muito de ver uma americana vivendo seu ícone de poder, e os filhos de Thatcher ficaram "chocados" com o roteiro do filme, embora sem muitos motivos. A imagem da Dama de Ferro fica um pouco diluída na obra.