Bem distante de Dinamarca e Noruega, no mesmo patamar de México e Nova Zelândia. Essa é a posição do Brasil na proporção de funcionários públicos na força de trabalho.
Segundo levantamento da OCDE, com base em dados de 2013, a parcela de servidores representava 12,1% do total de empregos no país (veja o gráfico abaixo). Surpresa: é o sexto menor peso nos países pesquisados pela entidade. Quem foi buscar o dado foi o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, interessado no debate sobre o peso do funcionalismo.
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O economista pondera que o tamanho da máquina pública pode não ser proporcional à qualidade dos serviços prestados. Perfeito exemplifica com o índice da Letônia (31,2%), que se aproximava dos de Dinamarca (34,9%) e Noruega (34,6%) e era maior do que o da Suécia (28,1%). Mas os serviços letões não estão no mesmo nível dos encontrados dos países com proporção semelhante. Por outro lado, frisa o economista, o peso dos servidores na população empregada do Japão (7,9%) está abaixo do indicador brasileiro.
– Estado grande não é necessariamente bom, nem ruim. Para qualificar o serviço público é preciso aumentar a produtividade – argumenta.