Na semana que se inicia neste domingo, o Brasil deve assistir ao segundo afastamento da Presidência da República em 24 anos de um processo de redemocratização que tem uma duração pouco maior.
Não é pouca coisa. Desligamentos do poder antes do final do mandato são traumáticos, mesmo quando têm o apoio da maioria da população, como é o caso de Dilma Rousseff. São momentos históricos que foram abordados, com fidelidade histórica ou liberdade ficcional, pelo cinema.
Sob o Domínio do Mal (1962)
O foco aqui não é o comando, mas a proximidade do poder. Um ex-soldado atormentado por lembranças da Guerra da Coreia é usado como instrumento de uma delirante trama, que passa por assassinato, para indicar uma candidata à vice-presidência dos Estados Unidos. É um clássico, mas quem acha a data do filme muito antiga tem a opção de ver remake de 2004.
Z (1969)
Antes de a Grécia virar foco de atenção mundial por conta de sua dívida, a política do país já inspirava o cinema. Baseado em fatos reais, aborda em clima de suspense um suposto acidente envolvendo um líder político. A investigação avança, há indiciados, mas testemunhas começam a morrer em circunstâncias estranhas e os envolvidos são condenados a penas leves, enquanto se forma um golpe militar.
A Queda - As Últimas Horas de Hitler (2007)
Origem de uma das cenas mais clonadas nas redes sociais, a obra mostra o führer ainda tentando resistir e liderar, mesmo diante dos sinais cada vez mais evidentes de derrota na Segunda Guerra Mundial. Do comportamento do líder à postura dos auxiliares mais próximos, é uma aula de reconstituição de momento histórico, sempre com certa dose de liberdade ficcional.
Ponto de Vista (2008)
Aqui, importa menos a trama, um tanto quanto rocambolesca, e mais a forma de contá-la. Uma complexa armação que envolve atentado ao presidente dos Estados Unidos durante uma conferência mundial sobre o combate ao terrorismo na Espanha é mostrado pelos diferentes pontos de vista de testemunhas e protagonistas.