Responsáveis por mais da metade dos empregos gerados no país e quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo dados do Sebrae, as pequenas empresas brasileiras estão sentindo o peso da recessão. Pesquisa da ContaAzul, especializada em fornecer serviços de gestão online para empreendedores, mostrou tanto os estragos causados pela crise quanto as (poucas) perspectivas de futuro de quem está no meio do furacão. O dado que mais impressiona é o de emprego: 53,1% das pequenas empresas consultadas demitiram funcionários em 2015.
Na avaliação de Marcelo dos Santos, diretor e sócio da ContaAzul, o percentual indica que a profundidade da queda na economia surpreendeu.
– No início de 2015, havíamos feito outro levantamento, em que vários pequenos e microempresários diziam acreditar que conseguiriam passar incólumes pela crise. Estavam otimistas – afirmou o executivo.
Um dos principais entraves apontados pelos empresários foi em relação ao crédito. Com os juros nas alturas e os bancos mais seletivos na concessão de empréstimos, ficou complicado atravessar a tempestade. Os que conseguiram financiamento foram obrigados a usar os recursos para manter o negócio em pé – investimentos em expansão ficaram em segundo plano. Para 2016, a expectativa é seguir enfrentando desafios. Ainda que uma boa parcela amargue a perspectiva de ter de fechar o negócio ainda neste ano, um percentual representativo dos entrevistados está monitorando alternativas para sair do buraco.
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Para auxiliar as pequenas empresas na crise, o Sebrae-RS passa a oferecer consultoria em gestão. Micro e pequenas empresas (MPEs) podem contratar o serviço em diferentes áreas.