Com a economia global em desaceleração e os mercados financeiros passando por fortes turbulências, 2015 foi um ano de perdas até para os mais ricos do mundo. Divulgada nesta terça-feira, a nova lista dos bilionários de 2016 da revista americana Forbes apontou que, pela primeira vez desde 2010, o valor médio das fortunas registradas encolheu– são US$ 3,6 bilhões, redução de US$ 300 milhões em relação ao início do ano passado. A soma de todas as riquezas – a Forbes registrou 1.810 bilionários no mundo – também sofreu queda. Ficou em US$ 6,48 trilhões, US$ 570 bilhões a menos.
Quando o assunto é a disputa pelo topo da lista, a fotografia não mudou tanto. O fundador da Microsoft, Bill Gates, lidera o ranking neste início de 2016, pelo terceiro ano consecutivo, com uma fortuna avaliada em US$ 75 bilhões. Na corrida pelo segundo lugar, por outro lado, houve mudança. O espanhol Amancio Ortega, dono da Zara, ultrapassou o megainvestidor americano Warren Buffet e o mexicano Carlos Slim, ficando atrás apenas de Gates.
Dominado por empresários e executivos de setores mais tradicionais nos últimos anos, o top 10 (veja abaixo) da lista da Forbes recebeu dois novos integrantes do universo digital. Jeff Bezos, da Amazon, e Mark Zuckerberg, do Facebook, pularam para a quinta e a sexta colocação, respectivamente.
O ano do criador da rede social mais popular do mundo foi, inclusive, o melhor entre os bilionários do ranking. Em um ano, Zuckerberg viu sua fortuna crescer em US$ 11,2 bilhões.
Entre os brasileiros, o grande destaque segue sendo o investidor Jorge Paulo Lemann. Diretamente envolvido em um dos maiores negócios de 2015, o bilionário viu sua riqueza chegar a US$ 27,8 bilhões – ele inicia 2016 como o 19º mais rico. Outros três brasileiros ficaram entre os cem primeiros: Joseph Safra, do Banco Safra, e os investidores Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, ambos sócios de Lemann no grupo 3G Capital.