Depois do choque inicial, o comércio começa a fazer as contas das perdas provocadas pela supertempestade de sexta-feira à noite e de seus efeitos – falta de água, luz e conexão para pagamento com cartão. Segundo o economista da CDL Porto Alegre, Victor Sant'Ana, a queda estimada nas vendas no último final de semana de janeiro foi de 49,33%, comparando com a média dos sábados e domingos do mesmo mês. Conforme Sant'Ana, a redução mais abrupta ocorreu no sábado, quando as vendas despencaram mais da metade (53,36%), na comparação com os demais de janeiro. No domingo, a perda já foi bem menor, de 15,72%.
Como antecipou à coluna +Economia ainda no domingo, o presidente da CDL Porto Alegre, Alcides Debus, reitera a preocupação não só com os aspectos físicos e os danos materiais do comércio sobre o desempenho das vendas, nos próximos dias.
– Temos que levar em conta que muitas famílias tiveram prejuízos pessoais e ficaram emocionalmente abaladas. Dessa forma, penso que enfrentaremos uma curva de recuperação da disposição para o consumo de boa parte da população – avalia.
Mas os comerciantes não perdem a perspectiva de recuperar ao menos parte das perdas inesperadas.
– O Liquida Porto Alegre, que ocorrerá na segunda quinzena de fevereiro, poderá ser um bom motivo para trazer não só os consumidores da Capital, mas também de parte da Região Metropolitana e do interior do Estado de volta às compras em nossa cidade – afirma Debus.