Desde a prisão do seu então presidente André Esteves, no final de novembro, o BTG Pactual iniciou uma liquidação de parte da sua numerosa carteira de ativos, que inclui participação em dezenas de empresas de diversos setores e aplicações em títulos. Sob a gestão de Pérsio Arida, que assumiu o comando no lugar de Esteves, o banco de investimentos já se desfez de quase R$ 10 bilhões.
A estratégia, traçada no momento em que o BTG entrou no escopo da Operação Lava-Jato, tem como objetivo aumentar a liquidez da companhia e garantir proteção contra novas turbulências que possam vir.
O alvo preferencial da liquidação são as participações nos negócios não-financeiros do qual o banco faz parte. Foi o caso da venda da fatia na Rede D'Or, de hospitais privados, uma das primeiras feitas após a prisão de Esteves.
A mais recente foi a negociação do BSI, banco suíço que o BTG havia terminado de comprar em setembro de 2015. Os R$ 4 bilhões arrecadados com a venda ao fundo soberano de Cingapura devem ser usados para pagar parte do empréstimo de R$ 6 bilhões feito junto ao Fundo Garantidor de Crédito.
Além de novas vendas, outra ação teria entrado na mira no banco. O BTG Pactual está considerando um plano para voltar a ser um banco de capital fechado. A possiblidade havia sido cogitada em dezembro, mas não houve avanço.