A virada de ano não trouxe alívio para a economia brasileira. Ao contrário. As instabilidades vindas da China e a queda mais forte dos preços de commodities importantes, como minério de ferro e petróleo, parecem ter deixado o país mais longe de encontrar o fundo do poço.
Para o mercado financeiro, o cenário preocupante se traduz, entre outros fatores, no aumento da percepção do risco de investir no Brasil. Uma dos indicadores é a alta pontuação do prêmio do Credit Default Swap (CDS) brasileiro.
Espécie de seguro que pode ser contratado por quem compra títulos de governos ou empresas, o CDS ajuda a indicar as chances de calote do emissor. De acordo com o Deutsche Bank, a probabilidade no Brasil é de 6,6% – em setembro de 2015, estava abaixo de 5%.
A alta reflete a perda da segunda nota em grau de investimento em dezembro e coloca o país em situação similar à do Egito e pior que a da Rússia, que, além de enfrentar sanções econômicas internacionais, está envolvida em conflito no Leste Europeu.