Os argentinos tiveram, assim como os brasileiros, uma forte desvalorização de sua moeda, cerca de 30%, concentrada em dezembro. Mas aparentemente já tinham feito reservas para as vacaciones brasileñas. O movimento dos hermanos e de seus pesos convertidos em dólares tem feito o sol brilhar mais forte no litoral gaúcho, especialmente para os serviços (aluguéis, hotelaria, alimentação), e também no comércio.
A Polícia Rodoviária Federal fala em "movimento recorde" e informa que, só no último fim de semana, 40 mil pessoas vieram da Argentina. Além do sotaque e do tejo (aquele jogo que parece bocha), trouxeram carteiras recheadas, que estão espalhando ânimo nas praias.
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O presidente da CDL de Tramandaí e Imbé, João Rocho, ainda não tem os números exatos, mas garante que os argentinos estão gastando muito mais do que no ano passado - quando eram raros e controlavam cada despesa - tanto no comércio quanto em serviços.
Suspeita-se que a poluição em Florianópolis tenha peso. Presidente da Associação Comercial e Industrial de Capão da Canoa, Rafael Poschi Machado, estima crescimento de 2% nos negócios, acima da inflação, em relação ao ano passado.
- Todo mundo ganha, donos de imóveis à hotelaria. O cara que vende abacaxis me contou que vendeu 2 mil a mais no Réveillon deste ano.