Faltam agora apenas seis dias. Não foi um ano muito generoso para fortalecer o espírito natalino, mas ainda há tempo. Junte os assuntos Natal e crise, e o título Felicidade Não se Compra (It's a Wonderful Life) vai saltar a sua frente. O clássico dos clássicos – costuma ser reprisado em algum canal da TV americana todos os anos nesta época – de Frank Capra tem uma cena que cabe à perfeição nestes dias de Brasil: encarregado de impedir o suicídio do empreendedor George Bailey, um anjo que ambiciona ganhar asas pergunta: "Ele está doente?".
E ouve como resposta: "Pior, está desanimado". Perdido em meio a uma pesada crise financeira, Bailey pensa que acabar com sua vida é a melhor solução para os problemas da família e da empresa. É, então, apresentado à vida sem sua existência. Para todos nós, que precisamos de reforços na autoestima e na resiliência, diante do ano difícil e das perspectivas futuras idem, um remédio natalino de grande poder regenerador.
Feliz Natal
Essa coprodução entre França, Alemanha e Inglaterra mostra que até a maior de todas as crises merece uma trégua. Conta a história do primeiro Natal transcorrido durante a I Grande Guerra, em 1914, quando soldados inimigos interrompem a batalha durante as festas natalinas. Com bons atores – Diane Kruger e Daniel Brühl –, mostra uma confraternização espontânea, que não se repetiu mas provou ser possível um momento de paz em meio à irracionalidade.
O Menino de Ouro
Em tom de fábula, O Menino de Ouro parte de uma história triste: um casal dedicado ao universo infantil perde um filho e se candidata à adoção. A história também se passa em meio a uma recessão, a europeia de 2010/2011. Ambos enfrentam problemas nos respectivos negócios, uma fábrica de brinquedos e uma livraria especializada em literatura infantil e são ajudados pela dicas do garoto de sete anos que se veste e fala como um executivo.
O Grinch
Se não há argumento ou cena comovente capaz de melhorar seu humor, radicalize: esse filme mostra a criatura verde e mesquinha que odeia o espírito de Natal. Ele pretende estragar a festa em Quem-lândia roubando presentes e enfeites com a ajuda do cãozinho Max. Uma garota observa as pessoas pensando apenas em compras, presentes e enfeites e quer saber o significado do Natal. Antes do final previsivelmente açucarado, tem boas ironias.