Quem inventou a brincadeira do "Mano a Mano" é um gênio. Porque é aquele tipo de conteúdo que sempre mexe com as convicções e, muitas vezes, com os ânimos. Ainda mais quando o jogo é o próximo Gre-Nal, o 442 da história. Alguém que assiste a um "Mano a Mano" e não sente vontade de entrar na conversa ou xingar um voto ou outro tem a frieza do Courtois numa final de Champions League.
O convite foi do Lucas Katsurayama. O Diori Vasconcellos era o mediador e o Cristiano Munari, o catedrático, o outro debatedor. O processo de votação vai passando de posição em posição: Marchesín ou Fabrício? João Pedro ou Bustos? Mas vou pular os 11 eleitos.
O que preciso contar é que a disputa do melhor técnico, se é Renato ou Coudet, rendeu mais tempo que a eleição dos melhores do goleiro ao ponta-esquerda. Sim, escrevi ponta e não extrema só para provocar o Munari. Argumento daqui, argumento dali, zona de rebaixamento pra um lado, fora da final do Gauchão pro outro, 8 pontos a mais no Brasileirão para o vermelho, classificado na Libertadores para o azul. Também camisa social esporte com dois botões abertos e uma corrente com medalhinha aparente, camisa polo e cachecol até mesmo no calor de Salvador, chope no Leblon para a sede de um, malbec em Puerto Madero pro outro e assim o tempo foi passando, passando...
O Diori parecia espectador de tênis num jogo em que os dois adversários adoram trocar bolas e ficam lá no fundo da quadra. Cabeça pra lá e pra cá, pra lá e pra cá. Ao todo, foram 27 minutos e 32 segundos de um fogo cruzado de ideias para espanto da produção que foi obrigada a exercitar todo o seu poder de síntese na edição final. Mas essa coluna tem spoiler e chegou a hora da revelação: eu votei no Renato, o Munari votou no Coudet e o Diori, profissional da arbitragem, teve que desempatar. Aí teve música de suspense e o juiz do STF do "Mano a Mano" não precisou de muito tempo para dar seu voto.
O vencedor foi... Bom, o conteúdo estará disponível em GZH, na tarde desta sexta-feira (21). Bom divertimento!