O Grêmio foi rebaixado em 2021, jogou a Série B em 2022 e teve prejuízos incalculáveis. Sofreu muito nestes dois anos. Depois, quando retornou à Série A, fez a maior contratação da sua história. Trouxe Suárez e graças a ele fez uma campanha surpreendente no Brasileirão do ano passado. O vice-campeonato recolocou o Grêmio na Libertadores da América, competição na qual, segundo o próprio presidente Alberto Guerra, o clube é obcecado. Não faz sentido estrear com reservas na Libertadores, que torcedores e clube tanto se identificam e depois de tanto esforço pela vaga.
Claro que levo em conta uma final de Gauchão, possivelmente com Gre-Nal na decisão. Também considero a viagem para a Bolívia. Mas preciso considerar que o jogo em La Paz será na terça-feira, cinco dias antes da partida final do Estadual. Mais do que isso. O Grêmio contratou Pavón, Diego Costa e faz todos os esforços para recuperar Soteldo, porque precisou se fortalecer para a Libertadores. Essa é a grande competição da temporada e por isso deve ser a prioridade do clube.
Apesar da dificuldade da altitude, passou o tempo em que vencer na montanha era algo impensável. Recentemente os brasileiros alcançaram bons resultados por lá. O Inter é um exemplo. No ano passado venceu o Bolívar por 1 a 0. A rivalidade Gre-Nal é enorme, mas a Libertadores também. Estrear bem e com força máxima é a premissa número um do Grêmio na maior competição do continente.