Na conquista inédita do Fluminense, muitas histórias poderiam ser contadas. Do goleiro de 43 anos, que completou 100 jogos em Libertadores, ao centroavante que fez mais gols do que jogos na principal competição do continente. E Marcelo então? Depois de quase duas décadas na Europa, voltou para casa e para a consagração. Renderia um livro. Mais ninguém é mais personagem no título do Fluminense do que Fernando Diniz. Insistente, autoral e apaixonado pelo bom futebol, o também técnico da Seleção foi premiado pela sua convicção.
Concorde ou discorde das ideias de Fernando Diniz, uma coisa é certa. Falamos tanto dele porque o jeito de pensar futebol é diferente de tudo. Diniz é obcecado pela posse de bola, pelo controle do jogo e pela precisão. O primeiro gol da final contra o Boca Juniors traduziu isso. Vários jogadores trocaram passes no lado direito do campo até o arremate fatal de Cano. É o estilo, não o número de faixas ou troféus que o levaram para a Seleção Brasileira. Se eu concordo com todas as ideias dele? Acho que não. Mas aprecio. E muito.
Na entrevista coletiva, Fernando Diniz disse que a conquista da Libertadores não muda seu patamar de técnico. Muda sim, Diniz. O que não mudará são suas convicções. O futebol agradece.