Raízes do Brasil é um monumento, com 80 anos de vida e três gerações de leitores e de comentaristas; logo, a primeira providência ao lê-lo é ter humildade: o livro como um todo é inabarcável, tanto quanto sua fortuna crítica. Ele legou ao debate brasileiro alguns tópicos e imagens, uma das quais ganhou até as manchetes – a consabida ideia do "homem cordial", que seria o brasileiro típico, incapaz ou inapetente para as ações racionais e afeito às reações baseadas no afeto, no coração (cor, cordis: coração, em latim).
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