Desde a despedida do Beira-Rio em 2010, após a conquista do bicampeonato da Libertadores da América, Taison nunca cortou o cordão umbilical com o Inter. Mesmo à distância, indo atuar no futebol do leste europeu, o jogador nunca deixou de acompanhar a equipe que o revelou ao futebol. Além disso, suas raízes permaneceram em Pelotas. Sempre que possível, quando batia a saudade, ele estava ao lado dos seus familiares e amigos na zona sul do Estado.
A volta de Taison ao Colorado é uma baita aposta do presidente Alessandro Barcellos e seus pares de direção para qualificar o poderio do time durante a difícil temporada de 2021. Serão muitos desafios pela frente na Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil. Com certeza, se não estivéssemos vivendo uma triste pandemia, a chegada do meia-atacante lotaria o saguão do Salgado Filho. Mas não é o momento!
É sabido que a situação financeira do Inter é extremamente delicada. Não há recursos para maiores investimentos no futebol. Até agora, só havia desembarcado o chileno Palacios. Inclusive funcionários de várias áreas foram demitidos para diminuir o custo fixo mensal do clube. O vestiário também vem passando por reformulações, com a saída de jogadores, como Abel Hernández, Leandro Fernández, Rodinei e Uendel, e o redirecionamento dos recursos para outros investimentos.
A tendência é que Miguel Ángel Ramírez utilize o novo reforço mais centralizado. Era exatamente assim que ele vinha atuando na Ucrânia. O espaço hoje está sendo disputado por Praxedes e Maurício. Mais experiente, Taison não tem a mesma velocidade de quando surgiu na base colorada para brilhar no time principal. Mas claro que ele pode aparecer pelo lado, dependendo das circunstâncias da partida.
Agora, depois de 12 anos, a camisa 10 terá um novo dono. Com as bênçãos do amigo D’Alessandro, Taison retorna para escrever um novo capítulo na sua história pelo Inter.