A estreia do Inter na Libertadores, em La Paz, não teve novidades com relação aquilo que se projetava antes do confronto. De um lado, o Colorado administrando o fôlego para aguentar o máximo possível durante os 90 minutos. Do outro, o Always Ready se aproveitando dos efeitos da altitude, chutando de longe com bola mais rápida. Ficou clara a pouca qualidade dos bolivianos. Fora de casa, deve ser uma presa fácil.
Caio Vidal e Maurício foram as novidades na escalação inicial colocada por Miguel Ángel Ramírez. Patrick e Yuri Alberto ficaram no banco de reservas. No primeiro tempo, o Inter pouco ameaçou a meta de Lampe e não sofreu tanto, apesar da marcação ter deixado alguns espaços. Mesmo com os bolivianos tendo rondado a área colorada, Lomba fez apenas uma defesa mais complicada.
Na etapa final, Ramírez colocou Lucas Ribeiro e Yuri Alberto nas vagas de Palacios e Caio Vidal, respectivamente. Sacou os homens de flanco e passou a jogar com três zagueiros. Mas muito cedo, o Always Ready fez 1 a 0 com chutaço de Saucedo, potencializado pelo ar rarefeito, sem nenhuma culpa de Marcelo Lomba. Fica a crítica para a total liberdade que o jogador adversário teve na entrada da grande área do Inter para concluir.
A saída de Edenilson para a entrada de Praxedes só pode ser explicada pelo desgaste. Mais tarde, Lucas Ribeiro acabou sendo substituído por Nonato. A informação é de que o defensor sentiu uma lesão no joelho esquerdo.
A melhor chance colorada foi com Yuri Alberto acertando o travessão. Thiago Galhardo pouco produziu. Após a saída de bola errada de Zé Gabriel, veio o 2 a 0. Uma rotina desde os tempos de Eduardo Coudet. No geral, as trocas de Ramírez pareceram confusas.
Muito ruim começar a Libertadores com derrota. Mas há pontos a corrigir na equipe do Inter. Claro que vale o desconto dos efeitos da altitude. O outro favorito do Grupo B, o Olimpia perdeu para o Deportivo Táchira fora de casa. A recuperação terá de vir na semana que vem, contra os venezuelanos.