
O litígio na renovação de contrato fez com que o Grêmio retirasse dos jogos do sub-20 e dos treinos com o grupo principal o lateral-esquerdo Zé Guilherme e o meia Bruno Cheron. Até que aconteça um acerto, eles só treinarão em Eldorado do Sul.
O vínculo de Zé Guilherme vai até 30 de julho de 2025. O de Cheron, porém, acaba no final deste ano. As conversas para ampliação dos contratos ocorrem há algum tempo. Porém, nas últimas semanas, elas emperraram.
Zé Guilherme, 19 anos, participou de seis partidas neste Brasileirão e vinha trabalhando com frequência entre os profissionais. Ao todo, somou 221 minutos no time principal. Contra o Bahia, em 17 de agosto, foi titular e atuou nos 90 minutos. Na semana anterior, na vitória de 3 a 1 sobre o Cuiabá, participou de 45 minutos.
Esse jogo ficou marcado como sendo o da estreia de Braithwaite, no qual Renato usou equipe com reservas. Zé Guilheme substituiu Fábio. O guri é apontado como uma das apostas da base e esteve na lista de convocados de Ramon Menezes para o último período de treinos da seleção sub-20. Acabou cortado por sentir desconforto muscular na coxa.
Cheron completou 20 anos em janeiro e tem menos rodagem do que Zé Guilherme no time de cima. Ainda assim, foi chamado algumas vezes para treinos no grupo principal, uma praxe de Renato, e atuou por 24 minutos na estreia do Grêmio na Libertadores, quando uma equipe reserva foi escalada para jogar na altitude de La Paz contra o The Strongest.
A renovação de contratos de jogadores da base é sempre um problema para os clubes formadores. O primeiro contrato, assinado com 16 anos, tem limite de três temporadas. Apenas a partir dos 18 anos é permitido incluir gatilhos nos acordos e iniciar as conversas para ampliação, geralmente para cinco anos.
Porém, como os garotos estão na última temporada de vínculo, em muitos casos os clubes acabam ficando fragilizados na negociação. Há, inclusive, reivindicação dos dirigentes para que a lei seja revista e permita acordos mais longos.