A Série D definiu no fim de semana quem são os quatro promovidos. Subiram para a Série C: Retrô, Maringá, Itabaiana e Anápolis. Os dois primeiros são SAF.
O Retrô, dos ex-gremistas Fernandinho e Rômulo, aquele volante trazido do Flamengo em 2019, nasceu em 2016 como clube-empresa. Tem como negócio formar jogadores e é dono de um dos melhores CTs do Nordeste, em Camaragibe, na região metropolitana de Recife.
O Maringá foi fundado em 2010 por quatro empresários da região. Chegou a ser vice paranaense em 2014, mas viveu momentos de crise e voltou com força a partir de 2022, quando virou SAF. Desde lá, são mais dois vices estaduais e, agora, o acesso nacional.
Na Série C, o predomínio das SAFs é ainda mais evidente. Dos oito participantes dos quadrangulares finais, só Ypiranga, Volta Redonda e Remo são clubes associativos. Athletic, Ferroviária, São Bernardo, Londrina e Botafogo-PB, que aprovou a entrada de investidores em junho, são clubes com modelos de SAF. O Botafogo terá aporte de R$ 260 milhões dos empresários Lucas Franzato, ex-dono do Cianorte, e Celso Colombo Neto, que era um dos investidores do Cianorte. Pode estar aqui um caminho para muitos clubes do interior, que a cada ano fazem ginástica para sobreviver.