O Bragantino que espera o Grêmio neste domingo (15) é um clube diferente, fora dos padrões que temos no Brasileirão. Não é uma associação. Tampouco, uma SAF.
O Bragantino é um clube-empresa, pré-SAF e sem qualquer disposição de virar uma. Em abril, completaram-se cinco anos da venda do Bragantino aos austríacos dos energéticos. Eles chegaram a Bragança Paulista e compraram da família Chedid o clube inteiro. Em julho de 2020, já na Série A, uma assembleia geral foi convocada pelo Bragantino para aprovar: mudança de nome, de Clube Atlético Bragantino para Red Bull Bragantino Ltda.
A partir daí, deixa de existir o clube associativo e entra em cena o clube-empresa. Conforme apuração do ge.globo, feita em abril de 2023, a Red Bull gastou R$ 94 milhões para assumir o Bragantino. Além disso, foram gastos nesses cinco anos mais de R$ 150 milhões em contratações de jovens jogadores.
O nível de investimento vem caindo ano a ano. Isso porque, em um primeiro momento, era preciso montar um grupo. O projeto já entrou na segunda etapa, que é fazer contratações pontuais e começar a usar as joias feitas em casa.
Esse segunda etapa ganhou fôlego com a inauguração do novo CT. Em dois anos, a Red Bull construiu sua cidade desportiva em Atibaia. São sete campos, sendo um deles com miniestádio para mil pessoas, seis prédios, que abrigam 86 dormitórios, três refeitórios, centro médico, piscina, auditório e toda uma estrutura que fez o português Pedro Caixinha compará-lo ao complexo do Dallas, da NFL.
O projeto de marketing da Red Bull é justamente investir pesado em excelência e numa forma agressiva de fazer esporte. O time tem esse perfil, de jogadores jovens e futebol intenso. Assim como são os negócios no clube. Helinho acaba de se vendido ao Toluca, do México, por US$ 15 milhões. O substituto já está em casa, Mosquera, colombiano de 21 anos comprado ao Envigado em janeiro. Em tempo, o lucro com Helinho foi de mais de R$ 50 milhões.