Dorival Junior faz questão de lembrar que uma nova Seleção Brasileira está em fase de montagem. É preciso, embora no Império do Resultado, todos ouçam e quase ninguém processe. O foco está no placar. Sempre. Mesmo que o Brasil tenha começado com 15 meses de atraso o ciclo para a Copa do Mundo de 2026.
Vale lembrar, esse ciclo, pelo fato de a Copa de 2022 ter acabado em 21 de dezembro, terá apenas 42 meses. Ou seja, perdemos mais de um terço do tempo de trabalho para a Copa de 2026. Acrescente-se a isso o fato de Dorival assumir uma Seleção em renovação. O nosso ataque nesta sexta-feira (6) terá Luiz Henrique, estreante, Rodrygo reserva no Catar, e Vini Jr., o protagonista que ainda precisa assumir seu papel. O mais velho nasceu em julho de 2000.
Quando Dorival pede que a liderança seja compartilhada entre Alisson, Ederson, Danilo, Marquinhos e Paquetá, temos ideia de que há um longo caminho pela frente. Tomara que dê tempo de chegarmos à Copa de 2026 com um time pronto e lideranças consolidadas, tanto em termos de voz no vestiário quanto técnicas.
Há quem aposte em Neymar ainda como referência desta nova Seleção. Não me incluo nesse grupo. Neymar já foi menos em 2022. Saiu da Copa sem jogar em altíssimo nível, o que se espera sempre dele. Foi para a Arábia e, semanas depois, rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho em jogo das Eliminatórias contra o Uruguai. Em outubro, completa um ano sem atuar.
No cenário atual, talvez só sua presença já ajude. O problema é que Neymar não se contenta em apenas estar presente. Dorival sabe disso. O conhece bem, o comandou no Santos. Enquanto espera por ele, busca soluções. Nesta noite, arrisca mais uma formação, contra o Equador, em Curitiba.
Eu estarei nessa, com o Gustavo Manhago e o Filipe Duarte, na Rádio Gaúcha. Com um pouco de apreensão, confesso.