O Inter deste domingo (25) deve ter Rafael Borré em campo e Enner Valencia no banco de reservas. Dois dos principais reforços do clube nas últimas temporadas. Mas só um deles deve estar no time titular contra o Cruzeiro, salvo alguma surpresa. A pergunta que fica é: por que não os dois juntos?
Borré e Enner ocupam a mesma faixa de campo e trabalham buscando o mesmo norte, o gol. Porém, eles podem ser complementares entre si.
Só que para isso acontecer, Roger Machado precisará mexer na estrutura do seu time. Ou abrir mão de um dos três da linha de três. Aliás, já fez isso contra o Bahia, quando começou com Borré pelo lado e Gabriel Carvalho no meio. Não funcionou, e ele logo corrigiu.
Uma outra forma de encaixar Borré e Enner seria alterar a estrutura do time e ficar com um volante apenas. O que deixaria a equipe mais ofensiva e exigiria compensações, como laterais mais conservadores e uma participação coletiva ainda maior de todos no sistema de marcação.
O momento de Valencia é de crise técnica, física e mental. Tudo está interligado, é bom frisar. Talvez até haja outros elementos extracampo a influenciar esse momento de baixa do equatoriano. Porém, ele só sairá dessa situação com gols. E gols, por óbvio, se faz quando se está em campo. Ou seja, a melhor solução para recuperá-lo é deixando-o como titular, com o time a municiá-lo e a explorar suas maiores virtudes.
O que não significa que, para isso, tenha de se sacrificar Borré. O Inter gasta mais de R$ 2 milhões por mês com seus dois centroavantes. O momento exige o melhor deles.