O Real Madrid, mesmo em meio a um processo de renovação, manteve-se como o grande clube a ser batido. Não à toa venceu a "Decimocuarta" Champions League na temporada 2021-2022 com novos personagens, como Vini Jr., Rodrygo e Valverde.
Desta vez, equipou-se com Jude Bellingham, que em poucos jogos arrebatou a torcida. Há Endrick ainda por chegar. Mas faltava a cereja do bolo que será servido na forma do novo Santiago Bernabéu, cuja obra estará finalizada no meio deste ano. E essa cereja atende por Killyan Mbappé. Ele desembarcará em Madri no próximo verão para fazer esse supertime virar a nova versão dos Galácticos.
Este apelido, você sabe, é como ficou conhecido aquele time estelar montado pelo mesmo Florentino Pérez no começo dos anos 2000. Primeiro, ele tirou Figo, por 60 milhões de euros, do Barcelona. Quase provocou uma guerra na Espanha.
Mas estava dado o recado para o grande rival: a partir dali, a vida seria diferente. E foi. Depois do português, chegaram Zidane, Ronaldo, Beckham. O resultado foi que o Real se tornou o maior clube do mundo. Até os galácticos, eram oito taças da Champions no museu. Depois deles, vieram mais seis. Uma a cada quatro anos.
Desde que Santiago Bernabéu trouxe Di Stéfano, em 1953, o Real Madrid sempre manteve a pauta de que era preciso contar sempre com megaestrela(s) no time. É por isso que agora Pérez está trazendo Mbappé. Ele não sossegou os últimos anos até convencer o francês.
O Santigo Bernabéu tecnológico, coberto (único da La Liga) e multiuso, capaz de com um apertar de botão dobrar e guardar o gramado no subsolo, precisava de um time da sua magnitude. Não que o atual deixasse de ser poderoso, mas vamos combinar que montar uma linha ofensiva com Rodrygo, Valverde, Mbappé, Bellingham e Vini Jr. combina com o estádio mais impactante da Europa neste momento.
Florentino se orgulha de fazer essa contratação sem arranhar o rígido fair-play financeiro da La Liga. Também não balançará as contas do clube, mesmo que o francês se torne o maior salário. A tendência é de que se distancie como o líder de receitas entre os clubes europeus.
Em estudo da Delloitte, fechou 2022/2023 com faturamento de 831,4 milhões de euros, 5,5 milhões de euros à frente do City. Um quarto dessa receita vem da camisa. À Adidas (120 milhões de euros) e Emirates (80 milhões de euros), juntou-se HP, estimado em 50 milhões de euros. Isso pela manga, é bom que se diga.
A chegada de mais uma estrela deve aumentar receita. Ou seja, com casa nova, um potencial melhor do mundo e dinheiro entrando, a vida tende a ficar competitiva para quem sonha com a Liga.