Um debate que permeia o futebol brasileiro esquenta o final de ano do Aimoré. O clube discute a transformação do seu departamento de futebol em SAF. O advogado Magnus Viana apresentou um projeto em que promete aplicar R$ 22,5 milhões em cinco anos no clube.
A proposta está no Conselho e, segundo Magnus, deve ser votada ainda neste ano. A discussão interna é grande. Assim como na cidade. A ambição de Magnus é grande, com acesso à elite do Gauchão em 2024 e Série B nacional até 2034. Por telefone, conversei com o advogado. Confira.
Como está esse projeto de criar a SAF do Aimoré?
Apresentei o projeto, falta o Conselho aprovar. Até dezembro, acredito, estará definido. Há uma pressão dos conselheiros para que se faça a votação.
Qual a estrutura dessa SAF?
Estamos comprando só o naming right, no contrato vai ter possiblidade de compra futura dos imóveis. Mas queremos só o futebol mesmo. Vamos fazer melhorias no patrimônio. Ao todo, são R$ 22,5 milhões de investimento em cinco anos.
Como fica a questão de patrimônio do clube?
Vamos explorar áreas, claro, como estacionamento. O contrato prevê que 10% de todo o negócio seja repassado para a associação. O estádio segue sendo do clube. O que vou fazer são benfeitorias, reformas e construir um CT.
Qual o plano para essas benfeitorias?
Primeiro, centraremos no pavilhão social. Vou fazer uma reforma interna. É uma construção muito antiga. Pretendo aumentá-lo para direita, de quem olha das cabines. Temos plano de reconstruir a geral toda, no lado oposto das cabines. Também vamos melhorar área de imprensa e, sob o pavilhão, reformar a estrutura do futebol profissional, com reforma do vestiário, banheiros e sala da comissão técnica.
Você falou do CT. Onde ele será construído?
A parte sul do terreno foi vendida toda. Eles encurtaram bastante o patrimoinio, ali está o metro quadrado mais caro de São Leopoldo, zona nobre. Minha ideia é fazer um CT anexo.
Onde seria possível fazer esse CT?
Na goleira atrás do barranco, da trave até o muro, tem 50 metros. Ali, seria um deles. No total, vamos fazer dois campos, um com grama sintética e outro com grama híbrida, esse para o profissional.
Você já teve parceria com o Aimoré na base. O plano, agora, é fazer a SAF render com a formação?
De 2014 até 2019, estive na base. Colocamos o Aimoré duas vezes na Copa SP, fomos vice-campeões estadual, campeão da Copinha Sub-20, em 2015. Ano que vem, não temos como mexer em base. Temos de subir para a elite do Gauchão. Depois, sim, viremos pesados na base, com categorias a partir dos 10 anos.
O plano é Gauchão em 2025. O que mais vocês buscarão?
Em 10 anos, temos projeto de colocar o Aimoré na Série B do Brasileirão e começar a dar visibilidade.