Apenas 180 minutos e duas vitórias separam o Juventude de voltar à Série A. Nesta noite, enfrenta o ABC, já rebaixado, em Natal. Uma vitória e tudo pode ser definido no sábado (18), contra a Ponte Preta, em casa.
Mais do que estar entre os grandes, subir representa ao Juventude dobrar orçamento e acelerar melhorias no Alfredo Jaconi e no CT. A coluna conversou com o presidente Fábio Pizzamiglio na tarde desta segunda-feira. Ele saía de reuniões na CBF, que o impediram de estar em Natal nesta terça-feira (14). Confira nosso papo.
O que significa voltar à Série A?
A ideia do retorno à Série A, além de fazer boa disputa em campo, nos proporcionará seguir na evolução da organização interna do clube, melhorar o patrimônio, no CT acelerar obras. Enfim, organizar melhor para poder avançar.
Como está o CT?
Esse é um projeto antigo do clube. Já tínhamos cinco campos lá, contamos com duas quadras cobertas. Agora, fizemos uma área para o profissional, com vestiário da comissão técnica e dos jogadores. A ideia é transferir academia, a fisiologia e a gestão do futebol para um prédio novo. Iniciaremos as obras em dezembro. Isso pensamos em fazer com os recursos da LFF. Com possível acesso à Série A, podemos finalizar esse prédio antes. O plano é construí-lo em 2024, para inaugurar na metade no segundo semestre.
Em números, qual o salto que dá o acesso à Série A?
Neste ano, trabalhamos com orçamento de R$ 35 milhões. Na Série A, estima-se um orçamento de R$ 80 milhões. A maioria dos custos, com administração, marketing, estádio, se mantém fixos. O investimento maior é na parte do futebol mesmo, você se obriga a aumentar o investimento, para poder ficar mais perto dos grandes clubes.
O cálculo é de que faltam seis pontos. Como o senhor calcula que eles virão?
Desde que se iniciou a Série B, em que fomos mal nas primeiras seis rodadas, fizemos campanha de recuperação. Foi cada jogo uma final. Agora, não deixa de ser assim. Jogar contra o ABC não será fácil. A Série B está parelha. Depois desse jogo, recebemos a Ponte, será nossa última partida em casa, estamos preparando isso. Não adianta, tem de disputar cada jogo como se fosse o último.
O Juventude está afirmando no mercado mais um grande técnico. Como o clube lida com o assédio ao Thiago Carpini?
Ficamos felizes por ter acertado. O Thiago vinha de ótimos trabalhos, tinha sido vice paulista no Água Santa. Que bom que ele acertou o time. Muitas vezes, bons técnicos não encaixam com o grupo. No caso dele, os jogadores compraram a ideia. Em setembro, renovamos com ele até o final de 2024.