Se olharmos o placar de 2 a 1 para o Athletico-PR, deu a lógica. Há nove anos, o Inter não vence na Arena da Baixada. Na grama sintética de lá, tem sido quase sempre castigado. Nessa quinta-feira, ainda foi com os reservas. Ou seja, com esse cenário, era previsível a derrota.
Porém, se olharmos o jogo e o roteiro que obedeceu, há bastante a lamentar. Pelo enfrentamento feito com os paranaenses, pelo que produziu e pelas chances perdidas, poderia ter saído com algo melhor. Mais até do que o empate que sustentava até os 44 minutos do segundo tempo.
Houve chances de virar o jogo no segundo tempo, com arremates parados pelo jovem goleiro Léo Linck, de 22 anos. Aliás, o Athlético, de Bento, 24 anos, está entregando ao futebol brasileiro mais dois goleiros de altíssimo nível.
A noite, ao menos, serviu para Coudet fazer observações sobre reservas que podem ser úteis ali na frente e também para dar rodagem a seis titulares garantidos na semifinal. Rochet atuou o tempo todo. Mercado e Wanderson entraram no intervalo. Renê jogou 40 minutos, Alan Patrick, 26, e Enner, 20. Se incluirmos Bustos, que atuou 90 minutos, sete jogadores ganharam ritmo para o jogo do Maracanã. Alan Patrick foi o único a entrar numa rotação mais baixa. Os demais atuaram sem receio e se afiaram para a quarta-feira.
No restante, a noite apresentou algumas novas para Coudet. Dalbert, o lateral-esquerdo recém buscado na Itália, mostrou boas ferramentas. Tem boa chegada à frente e sinaliza que o Inter possa ter ganho um reserva confiável para Renê.
Sem fazer um jogo oficial desde maio de 2022, acabou substituído com cãibras no começo do segundo tempo. Outra boa nova foi De Pena, de atuação regular e com gol. Aliás, um dos lances salvos por Linck foi mais um chute seu. Em suma, não fosse o gol sofrido no último minuto, o saldo da passagem por Curitiba seria sido totalmente positivo. Como houve o gol, não foi.