O Conselho do Inter reprovou a proposta de parceria para gestão do Gigantinho pelos próximos 20 anos. Havia um memorando de entendimento com o consórcio formado pelas produtoras DC Set e Opus, vencedor da concorrência aberta em 2020.
Mesmo que tenha renegociado o acordo original e incluído algumas cláusulas novas, a atual gestão do Inter era contrária à assinatura do contrato, pelos valores apresentados. Inicialmente, o acordo valeria por 20 anos, renováveis por mais 20 anos. Numa renegociação feita em 2022, houve mudança para apenas 20 anos, com os valores de luvas sendo reduzidos, de R$ 7,5 milhões para R$ 1,5 milhão.
O valor a ser pago mensalmente também foi alterado, saindo de R$ 500 mil anuais para R$ 600 mil anuais. O clube teria percentual na venda dos naming rights, de 15%. Na renegociação, os sócios teriam desconto de 10% e privilégio na compra de ingressos para espetáculos.
Com os pareceres negativos das comissões de patrimônio e novos negócios, o contrato foi submetido ao plenário e reprovado com 214 votos. Dois conselheiros votaram a favor do acordo. A direção alega que o valor de R$ 50 mil mensais corresponde a pouco mais do que o valor do aluguel de um dia do ginásio (R$ 40 mil).
Outro ponto é que dois terços das luvas seriam gastos para fazer a mudança da Feci e de outros departamentos ali instalados. Como o memorando assinado lá em 2020 obrigava a submeter a proposta ao Conselho, a direção cumpriu o rito.
A partir de agora, o Inter está liberado para abrir nova concorrência ou estabelecer novas negociações pela gestão do ginásio. A direção acredita que as facilidades, como estacionamento amplo e localização central, fazem do Gigantinho um espaço único na Região Sul para shows e espetáculos. Interessados não faltam, disse uma fonte à coluna.