O Grêmio mais do que venceu de virada o Fluminense. O Grêmio reconfigurou um jogo que desenhava uma tarde terrível e ganhou como prêmio dormir como vice-líder do Brasileirão. Teve, de lambugem, a retomada de Bitello, um gol de Ferreira e alguns acréscimos, como João Pedro Galvão e Pepê e o retorno de Luan. E uma lição a ser levada para a missão de buscar uma vaga na final da Copa do Brasil.
Podemos dizer que, no domingo do Dia dos Pais, o Grêmio reverteu uma expectativa negativa criada por 20 minutos atordoantes do Fluminense. Os cariocas pareciam ter 15 em campo, e o Grêmio sete ou oito. Nessa fração do jogo, sempre tiveram jogadores sobrando e a bola, com uma superioridade constrangedora dentro da Arena. Passada essa primeira parte do jogo, veio o empate e uma mudança de postura do time.
Em vez de querer disputar o controle do jogo, o Grêmio recolheu suas linhas, aproximou-as e trocou a bola pela transpiração. Chegou ao empate, aos 25, mobilizou de novo os mais de 40 mil presentes na Arena e amarrou um Fluminense que costuma tontear quem lhe dá a bola.
A principal medida de Renato foi de agrupar seu time, baixar suas linhas e impedir que os cariocas transitassem entre elas, como fizeram sem qualquer obstáculo até os 20 minutos. Ao cortar suas linhas de passe, deixou de correr atrás do adversário e mostrou eficiência. O gol de Bitello surge em uma bola interceptada no ataque. O segundo, de Ferreira, em uma investida de Ronald, que roubou a bola duas vezes.
A medida tomada por Renato fez o Grêmio sofrer bem menos no segundo tempo. Tanto que o chute e Keno, fraco, no meio do gol, aos 20 minutos, foi o primeiro do Fluminense. Houve pressão dos cariocas no final, mas nada de surpresa para quem buscava o resultado. Ficou para o Grêmio a lição para sonhar com a virada no Maraca.