Os colorados esperaram o domingo ansiosos com a estreia de Enner Valencia. Fecharam o fim de semana assustados com seu time. O Inter foi submetido pelo Fluminense, dominado com facilidade e repetiu erros que ainda assombram seus torcedores. Levou 2 a 0 no primeiro tempo e escapou até de levar mais.
Foi tão improdutivo que demorou 68 minutos para arrematar a gol: os 50 do primeiro tempo e os 18 do segundo, quando Campanharo colocou por cima, da entrada da área. Tudo isso num domingo de Maracanã em que havia um Enner Valencia luzindo a camisa 13 do time.
Aqui, está um ponto que será centro de discussão logo ali na frente. Mano montou o time em um 4-3-3 e colocou o equatoriano pela direita. Sem tantas obrigações de voltar pelo corredor. A ideia era de que, com a bola, ele viesse para dentro e se aproximasse de Luiz Adriano. Porém, o Inter teve pouco a bola.
Assim, Enner foi quase que todo o tempo um ponta-direita. Em alguns lances, precisou disputar a bola de costas com Felipe Mello. Porque ela chegava pelo alto, viajada, por vezes, dos pés de John. O que resume a falta de criação do time.
Está claro que, para ter o melhor do seu novo jogador, Mano terá de apostar em uma ideia com ele mais próximo de Luiz Adriano, como um segundo atacante.
Mano, é justo que se diga, perdeu Maurício no sábado e Johnny no domingo. Isso o atrapalhou na formação de um meio-campo mais lúcido. Porém, houve erro de estratégia para bater contra um Fluminense que, é sabido, nunca muda sua forma de jogar. Pressiona alto, busca recuperar a bola ainda no campo adversário e, com ela, sai para jogar.
Em 2022, Mano teve sucesso contra esse Fluminense marcando alto e usando contra ele seu próprio veneno. No Maracanã, porém, acabou apostando em jogo de transição. Porém, como pouco recuperou a bola, não conseguiu fazer a conexão rápida com o ataque.
Por isso, fechou o domingo com só um arremate a gol, n bicicleta de Alemão que acertou o poste. Aliás, esse foi o melhor do Inter na tarde que a torcida imaginou que seria iluminada.