Foi a decisão pelo terceiro lugar, vencida em um 2 a 1 sobre Marrocos. Mas, mais do que isso, foi o fim de uma geração que colocou a Croácia no primeiro escalão da Copa do Mundo. Principalmente, Luka Modric. Aos 37 anos, ele fechou com uma atuação de luxo sua história nos Mundiais. Aliás, nesse ponto, nenhuma novidade. Manteve o padrão de atuações que vimos nestas quatro Copas que disputou.
A festa croata no gramado do Khalifa foi também uma despedida desta geração. Perisic, Lovren e Vida estão com 33 anos, Kramaric, 31, Orsic e Brozovic, 30. Caberá a Kovacic, 28, comandar essa nova geração que mostra nomes de alto potencial, como os zagueiros Gvardiol, 20, e Stanisic e Sutalo, 22.
Neste sábado, no Khalifa, os croatas entenderam a dimensão desse jogo e o quanto valia para fechar um ciclo de êxito. O Marrocos também entendeu, mas não conseguiu colocar no campo o seu jogo, com a aplicação tática e a entrega física que os levaram até a histórica semifinal.
Walid Regragui preservou titulares, como o meio-campista Ounahi, o motor do time. Também não contou com a dupla de zaga, Saiss e Aguerd, lesionados, além do lateral-esquerdo Mazraoui, suspenso. Todas essas trocas descarecterizam o time. Mas não foi apenas isso. Os marroquinos entraram em campo de ressaca, depois da atuação no limite de sua capacidade física e mental.
Mesmo jogadores de trajetória luxuosa nesta Copa, como o volante Amrabat, o lateral Hakimi e o extrema Boufal jogaram muito abaixo. O que influenciou diretemente na atuação e no resultado. Mesmo com a derrota e as reclamações da arbitragem do árbitro catare Abdulrahman Al Jassim, os marroquinos saíram satisfeitos. Afinal, pela primeira vez, um africano chegou entre os quatro melhores da Copa. Não só africano, mas também representante do mundo árabe.
Em resumo, foi uma decisão de terceiro lugar e a celebração de uma seleção que cumpriu dois ciclos mágicos e de outra que abriu as portas de um continente inteiro para o lugar mais nobre dos Mundiais.