Sérvia e Camarões serviram um bom prato de entrada para quem esperava pelo jogo do Brasil. O empate em 3 a 3 no Al Janoubi retrata bem o que foi o jogo. Se esteve longe de ser um primor técnico, ao menos, foi animado. A Sérvia esteve longe da seleção firme e consistente que enfrentou o Brasil na estreia. Precisou sair mais para o jogo e encontrou dificuldades, tanto na criação quanto para se defender. Chegou a abrir 3 a 1, virando o placar, mas parou no segundo tempo, sentiu o desgaste pelo calor de 31ºC do começo da tarde em Al Wakrah e, quando já pensava no jogo contra a Suíça, levou o empate.
Para o Brasil, o jogo serviu para mostrar mais do nosso próximo adversário. Embora toda a entrega e a reação contra os sérvios, Camarões é incapaz de tirar o nosso sono. Se mostrou no campo ter superado a crise interna, causada pelo conflito entre o goleiro Onana e o técnico Rigoberto Song, por outro lado, exibiu problemas técnicos.
As linhas são distantes e a recomposição é deficiente. Só com as mudanças feitas no segundo tempo, principalmente, a entrada de Aboubakar, é que os camaroneses tiveram um jogo mais equilibrado. Claro que favorecido por uma linha de marcação alta da Sérvia que permitiu dois contra-ataques fulminantes e o empate. Aboubakar, destaque do jogo em apenas 32 minutos em campo, é o ponto de atenção. Isso, é claro, se Song não o mantiver no banco. O que seria excelente para nós.