Foi mais do que um jogo, foi um despertador na manhã deste domingo cinza em Porto Alegre, com cara de um inverno que insiste em se alongar. O Inter fez 4 a 2 no Goiás, manteve-se firme como vice-líder e fez um jogo no qual o placar não o traduz. Os goianos venderam caro, buscaram o empate duas vezes com Pedro Raul e, não fosse Keiller, teriam buscado a terceira vez com seu centroavante criado em Porto Alegre e forjado como jogador no mundo.
Entre os vários personagens da manhã de domingo, está Mano Menezes. Mesmo que o time tenha oscilado durante a partida e, muitas vezes, jogado de forma mais direta quando poderia trabalhar mais a bola, em nenhum momento o técnico pensou o jogo para trás. Todas as mudanças foram feitas para a frente.
Aliás, o time para enfrentar o Goiás e sua estratégia defensiva, Mano mandou a campo Johnny e De Pena na primeira linha do meio-campo, Mauricio e Alan Patrick formando trio de meias com Pedro Henrique. Mais Bustos chegando de trás. Quando precisou trocar Mauricio, mandou a campo Liziero, posicionando-o como volante e fixando Johnny pela direita. Depois, fez trocas para manter a agressividade com fôlego novo.
Há pontos a serem trabalhados, como um maior controle de jogo em determinados momentos. Ou a insistência em jogar de forma mais direta. Porém, isso deve vir com o tempo. O que ficou de positivo é que o time, quando passou a trocar passes, construiu gols e suas melhores jogadas. Além disso, houve vários destaques individuais. Quando isso acontece, é sinal de que o coletivo funcionou.
De Pena participou do primeiro gol e fez o quarto, além de marcar e chegar à frente. PH é, hoje, o grande nome do time. Alan Patrick atuou por 83 minutos e saiu com dois gols. Mauricio fez um gol e deu assistência para outro. Além de Keiller, o novo goleiro titular, seguro e que interveio na hora decisiva. Nesse cenário, a sete rodadas do final, o Inter pavimentou o caminho para a Libertadores. Com méritos.