O Inter goleou o Juventude por 4 a 0, manteve-se firme na luta pelo G-4, fechou a noite com 24 arremates e engatou a terceira vitória seguida no Brasileirão. Tudo isso é motivo a ser comemorado. Porém, a noite de segunda-feira serviu para confirmação de uma promessa que, há três anos, o Inter lapida.
Johnny, 20 anos, fez dois gols, mostrou desenvoltura, virtudes raras de um meio-campista que conecta as duas áreas e que se espalha pelo campo. Passou muito pela sua presença a construção de uma vitória que, desde o começo, parecia certa, tamanha a superioridade sobre o Juventude.
Para completar a noite colorada, ela foi fechada com gol de Edenilson, de pênalti, em sinal de reatamento com a torcida. Mais do que isso, o resgate de um reforço para o Brasileirão.
Uma pena que a noite de alto nível no campo acabou maculada por mais um triste episódio de racismo fora dele. Ao ser substituído, o meia-atacante Felipe Pires, do Juventude, denunciou um torcedor que estava sentado atrás do banco de reservas por ter-lhe proferido palavras de cunho racista.
É triste e desolador. Não evoluímos. Parabéns a Felipe Pires, que não se calou. Denunciou e foi depois do jogo ao Jecrim para depor contra o torcedor, que foi retirado do estádio. E não fará falta, se for punido com afastamento das arquibancadas. Racismo é crime. E deve ser tratado como tal.