Uma série de atropelos e equívocos. Assim podemos definir episódio Ferreira e diagnóstico de que terá de passar por cirurgia para corrigir hérnia inguinal. Demorou, mas, enfim, o jogador descobriu a origem das dores que tanto o atrapalharam neste começo de temporada.
Ferreira e seu staff partiram, inclusive, para um tratamento alternativo, com células-tronco. O Grêmio, aliás, veio a público registrar que não havia recomendado essa técnica, em consonância com as normas do Conselho Federal de Medicina. Em resumo, estabeleceu-se mais um capítulo nessa relação tempestuosa entre Grêmio e Ferreira.
O torcedor, pelo menos, tem algo a comemorar. Em um prazo entre 30 e 40 dias, Ferreira estará de volta, pelas estimativas comuns em uma cirurgia como essa. O que não poderia acontecer foi a demora em se chegar a uma conclusão e, mais do que isso, o silêncio que se estabeleceu e abriu portas para uma série de versões.
O que, é claro, enevoou muito o cenário para os gremistas e suscitou uma série de versões: "Estaria Ferreira disposto a jogar a Série B?" "Seria mesmo crônico o problema do jogador?" "O problema era púbis?" "Ferreira desacreditou do departamento médico do clube e foi buscar soluções alternativas fora?"
Enfim, essas foram apenas algumas das indagações feitas pelos torcedores nas redes sociais. Fruto de silêncio que abriu espaço para que brotassem especulações e informações desencontradas. Ferreira, neste atual Grêmio, virou um jogador central. Não foi à toa que ele recebeu a camisa 10 no início da temporada, um aumento e um contrato novo.
A direção de futebol apostou alto nele como o jogador que desequilibraria no renhido ambiente da Série B e abriria o caminho de volta à elite. Quando esse jogador fica de fora por dor, que é algo subjetivo e só quem as sente sabe o tamanho do incômodo, é evidente que o torcedor começa a duvidar de todas as partes envolvidas. Por isso, a demora em jogar luz nisso tudo trouxe prejuízos a todos.