A frase remete a 1997. Pedro Paulo Zachia, então presidente do Inter, saiu de uma reunião em que se definiria a permanência de Celso Roth no cargo, depois de um começo vacilante no Gauchão.
Roth era um técnico recém buscado no Caxias. Foi bancado, seguiu e levou o Inter ao título gaúcho e à semifinal do Brasileirão naquele ano. Passado um quarto de século, a frase volta a aparecer no noticiário do futebol gaúcho vinda da Arena.
Romildo Bolzan Júnior se reuniu com o departamento de futebol e apostou na manutenção dos dirigentes e da comissão técnica de Roger. Sou sempre a favor da continuidade. É preciso dar tempo para o treinador desenvolver seu trabalho e encontrar as melhores soluções para o time. Ainda mais no caso de Roger, que assumiu um grupo montado por um outro técnico.
Roger é menos culpado nesse enrosco no qual se encontra o Grêmio na Série B. Ele embarcou nesse trem numa das primeiras paradas, é verdade. Mas o trem já estava com a rota definida.
Vamos combinar que o caminho escolhido foi o mais tortuoso e repleto de curvas acentuadas. Resta ao técnico tentar se sustentar até julho para tentar corrrigir a rota, com quatro ou cinco contratações capazes de aprumar e encorpar o time.
Sei que será difícil segurá-lo em caso de um resultado negativo contra o Vasco, na quinta-feira (2). Mas, vou repetir, Roger está longe de ser o culpado do que se passa agora na Arena. Antes deles, tem uma direção de futebol que comete erros em sequência e um clube que vem falhando demais e errando em excesso pela falta de processos e de uma política clara de futebol.