Será a oitava rodada apenas, o que faz com que a competição ainda esteja longe de uma forma definitiva. Há um longo caminho pela frente. Mesmo assim, colocar no jogo desta quinta-feira matizes de decisão não é exagero. Um tropeço, é evidente, afeta pouco a situação de tabela de classificação. Porém, terá efeitos de tsunami para o Grêmio um resultado ruim contra o Criciúma.
O retrospecto recente, com derrota para o Cruzeiro e empate com o Ituano, somados às atuações preocupantes, criaram um fardo a ser carregado em campo neste que será o único jogo na Arena em maio.
Depois dele, Roger precisará dar uma esticada até Goiânia, para enfrentar o Vila Nova, e encarar o caldeirão que o Vasco vem fazendo em casa jogo diante de sua torcida, em São Januário.
As curvas desta estrada sinuosa da Série B parece terem acordado o Grêmio. Há um tipo de jogo mais físico e, muitas vezes, mais viril. Há ambientes mais inóspitos e, o que era esperado, adversários inflamados contra o um gigante que é o corpo estranho nesse mundo B.
Por isso, fez bem a direção em anunciar quase uma anistia aos associados em débito. Basta aos inadimplentes pagarem uma mensalidade, independentemente do tamanho do débito e do número de parcelas atrasadas. O momento é de comunhão de forças, de apoio e da família azul estar unida.
A revogação, pelo MP, da punição para as organizadas ajudará a criar um ambiente favorável. Demorou, mas o Grêmio se deu conta de que precisa lotar e fazer a Arena rugir. Cruzeiro e Vasco mostraram o quanto a atmosfera em casa faz diferença e dá suporte ao time.
Quem sabe esse apoio, com as mudanças que Roger pretende fazer, usando dois atacantes por dentro e abrindo mão de um dos meio-campistas do tripé, enfim criem a química que ainda falta ao Grêmio para meter medo na Série B.