O Grêmio está virtualmente rebaixado. A derrota de 3 a 1 para o Bahia nesta sexta-feira deixa o clube obrigado a fazer 100% nas últimas três rodadas e ainda torcer para que, pelo menos, dois clubes percam pontos. Não será casual a queda.
Um clube que perde 19 jogos, um turno inteiro, troca de técnicos três vezes na temporada e chega ao final do ano sem uma identidade só pode ter como desfecho o rebaixamento. O mais esquizofrênico dessa derrocada gremista é que ela acontece com o clube equilibrado, com salários em dia e uma gestão organizada.
Ou seja, o Grêmio está criando um novo capítulo na cartilha do rebaixamento, o da queda de clube organizado. Balancete, evidentemente, é fundamental para a saúde de um clube. Porém, é preciso saber o que fazer com o dinheiro. O Grêmio, que gasta R$ 14 milhões por mês com salário, não soube. E pagará caro por isso. Pagará, não, está pagando.
Perdido – Vagner Mancini errou. Havia encontrado uma forma de jogar e encaixado o time. Porém, para a partida mais importante do ano, mudou. Voltou ao tripé no meio-campo, uma fórmula que está longe de garantir sustentação defensiva e tira força ofensiva.
Tanto que levou 2 a 0 com menos de 15 minutos e resgatou Campaz do banco de reservas. Até descontou, mas a 20 minutos do final, apostou numa formação suicida, com Jean Pyerre como único jogador no meio. Assim, se encaminhou para a Série B. Pela terceira vez.