Ficou escancarado contra o São Paulo que Cuesta e Edenilson são os trunfos do Inter para o Gre-Nal 433. Os dois limparam a ficha, escancararam as precariedades do time diante dos paulistas, mas estão garantidos para o clássico.
A volta dos dois dois muda a vida de Diego Aguirre, principalmente, por eles darem qualidade na saída de bola e, no caso do meio-campista, conectar defesa com ataque. Aliás, nesta Era Aguirre, uma das poucas boas novas é a recuperação técnica e física de Edenilson.
Mais do que os três pontos que distanciarão o time do Z-4, vencer esse clássico tem um quilate diferente para o Inter. O confronto na Arena pode representar um vale-tranquilidade para esta nova gestão. Diante do retrospecto do clube nos últimos cinco anos nos clássicos, vencer o Grêmio tem peso de título. Ou seja, sair com a vitória na Arena concederá à direção um lastro para seguir com o projeto de reformulação e de aplicação de novos processos, que sempre são barulhentos e causam focos de convulsão.
Para Aguirre, ganhar o Gre-Nal ajudará a reforçar o aspecto mental de uma equipe que vem sofrendo reveses consecutivos. A campanha no Brasileirão assusta, principalmente, pela perda da força dentro do Beira-Rio.
O poderio como mandante sempre foi uma das marcas do Inter. Em 2018, o aproveitamento foi de 80%. No ano seguinte, bateu em 72%, caindo para 68% em 2020. Neste momento, é de 13%. Ou seja, ganhar o Gre-Nal na Zona Norte pode servir como um marco para uma retomada colorada.