Antes de assinar com o Inter, Miguel Ángel Ramírez salientou que sua ideia de jogo apareceria de forma mais visível no time depois de fechados, pelo menos, 60 treinos táticos. Até 5 de abril, por exemplo, Ramírez havia conseguido fazer 21 sessões.
Foi quando vieram os 10 dias sem jogos. A partir daí, vieram 12 jogos em 45 dias. Como no dia do jogo e no dia seguinte não se treinam, restaram para o espanhol 21 dias de trabalho. Sendo que nesse período houve viagens para La Paz, San Cristóbal e Assunção, além de um pulo a Bento para encarar o Juventude.
A avaliação interna no Beira-Rio é de que Ramírez carece de tempo e busca, com o pouco que tem á disposição, encontrar os encaixes para o time. A instabilidade da equipe e alguns ruídos são considerados dentro do previsto em um processo de ruptura como o que busca no Beira-Rio. O ponto que necessita de atenção, tanto de Ramírez quanto da direção, é que com o Brasileirão se inicia uma maratona desgastante e com viagens longas a cada semana.
Depois de estrear contra o Sport, domingo, o Inter sai para pegar o Vitória, na quinta, em Salvador, e o Fortaleza, no domingo. Retorna para o jogo de volta contra o Vitória, na quinta, dia 10, e vai a Salvador outra vez, para pegar o Bahia, no domingo, 13.
Ou seja ,vai levar tempo para que Ramírez consiga treinar o quanto necessita. O que será feito em conversas, vídeos e, como é comum no calendário cruel do Brasil, nos jogos.