Promessa do Grêmio e com passagens pelas seleções de base, entre elas a Pré-Olímpica, o goleiro Phelipe Megiolaro, 22 anos, retorna nesta semana aos Estados Unidos para sua segunda temporada no Dallas FC. A apresentação está marcada apenas para o dia 22, mas ele pretende já retomar as atividades a partir desta terça-feira (9). O plano é antecipar o começo da temporada e iniciar o 2021 afiado. Serão meses decisivos para Megiolaro, já que seu empréstimo ao Dallas foi renovado em dezembro, por mais um semestre.
O goleiro chegou em agosto, mas teve apenas uma oportunidade de jogar. No final da última semana, ele interrompeu as férias no litoral para renovar seu estoque de palmilhas em Porto Alegre. Megiolaro sofria com uma tendinite no joelho e se curou ao adotar modelos específicos, feitas a partir de um exame chamado baropodometria, que mede a pressão plantar. A partir daí, o computador produz o molde e fabrica as palmilhas, com modelos distintos para cada um dos pés. Depois de sair da consulta, por WhatsApp, ele conversou com a coluna sobre a vida no EUA.
Como você avalia esses primeiros meses no Dallas FC?
Foi uma boa temporada, saímos na quartas de final da MLS (na Conferência Oeste, ao cair para o Seattle Sounders). Deu para ver que o campeonato é bem disputado. Nesta temporada, temos tudo para ganhar a MLS. A cidade é maravilhosa, vivo uma vida no EUA que, no Brasil, seria impossível, o pais é fantástico.
O que você pode falar da MLS, que, a partir deste ano, terá uma nova franquia, o Austin FC, do Texas, e chegará a 27 equipes?
A MLS só vem crescendo no cenário do futebol. Ter essa experiência de jogar numa competição tão organizada está sendo muito bom. A estrutura que encontrei no Dallas me impressionou muito. Nosso complexo, vizinho ao estádio para 22 mil pessoas, tem 18 campos de treinamentos. Só com isso dá para para ver a grandeza.
O seu plano é seguir no futebol norte-americano, convencer o Dallas FC a comprá-lo em definitivo?
Não gosto de falar do futuro, mas a minha ideia é ficar no Dallas, onde posso ter mais oportunidades. No Brasil, na minha posição, é muito difícil. Poderia ficar acomodado por aqui, mas eu quero jogar, pretendo começar minha história ( o Grêmio teria fixado os direitos de Megiolaro ao Dallas em US$ 2,5 milhões).
Fica alguma frustração por, mesmo com longa trajetória em seleções, ter jogado tão pouco no Grêmio?
Com certeza, queria demonstrar (mais), Tive apenas dois jogos no time principal do Grêmio, numa equipe alternativa. Na seleção, tive vários jogos e pude fazer um bom trabalho. Queria mais oportunidades, ainda mais no Grêmio, o clube em que me formei e pelo qual tenho um carinho enorme.