Jean Pyerre e Diego Churín mostraram no Rio que os caminhos do Grêmio podem ficar menos pedregosos nesta hora decisiva da temporada. Pode-se dizer que o meia voltou ao time no Maracanã. Foram 70 minutos de alto padrão e de uma conexão entre meio e ataque que pouco havia se visto neste 2020 no Grêmio.
Jean joga sem fazer força, tem uma naturalidade só vista naqueles de alta classe. Precisa, agora, de sequência e, principalmente, confiança para desenvolver-se. Parece que faz tempo, mas, a rigor, Jean tem seis meses como titular do Grêmio. Entrou no time em abril, saiu em setembro, com uma séria lesão muscular, e nunca mais engatou uma sequência. Tem 17 jogos no ano, só um deles inteiro (pelo Gauchão). Ou seja, sua volta tem matizes se contratação.
O outro jogador que incrementará o Grêmio, podem anotar, é Diego Churín. Centroavante de força, oferece ao time mais do que a presença de área. Tem energia para receber um passe na frente, ocupa os espaços e ainda se engaja no processo coletivo de marcação. Ou seja, está numa frequência parecida à de Pepê, Luiz Fernando e Ferreira, os jogadores de flanco que Renato tem usado.
Em resumo, na hora decisiva, Renato ganha dois grandes trunfos para robustecer um Grêmio que, até pouco tempo, fraquejava por estar numa rotação abaixo.