O Grêmio precisa urgentemente de Jean Pyerre. Será com ele que esse meio-campo multifuncional que Renato pensa em montar ganhará alguém com capacidade de articular. Jean já atuou assim nas categorias de base do Grêmio, em um esquema com três jogadores no meio-campo. Formava um tripé que tinha Darlan mais atrás e ele pela esquerda.
A informação é de que o meia teve em sequência a covid-19 e a lesão muscular. O que retardou a sua volta. Mas é fundamental que Renato o tenha em mente para ontem. Assim, ganhará qualidade de passe, controle de jogo e, principalmente, alguém que possa desequilibrar além de Pepê, hoje o único jogador com capacidade de resolução no time.
Escolhas
Renato passa neste momento pelo momento de maior questionamento pela torcida. Não pelo todo do trabalho, mas pelas escolhas. Os gremistas encontram dificuldade em entender a opção por Cortez em detrimento de Diogo Barbosa.
Há um reconhecimento obrigatório a ser feito em relação a Cortez, pela participação em conquistas recentes e pela energia empregada em cada jogo. Cortez marca com eficiência e tem potência física para tirar o time de trás. Porém, isso se tornou pouco para um time que carece de mais soluções ofensivas. Diogo Barbosa as tem, é mais qualificado e oferece mais recursos a um time que, pela ideia que Renato tenta implantar, exige mais dos laterais do que o avanço pelo flanco.
Aliás, não ficam apenas na lateral esquerda os questionamentos pelas escolhas. Rodrigues ofereceu mais do que Paulo Miranda nas chances recebidas. Darlan, no meio, precisa estar à frente de Thaciano e Robinho. Aliás, Thaciano tem uma trajetória curiosa em 2020. Iniciou como primeira alternativa do meio, perdeu espaço, esteve perto de se transferir para o Santos e reapareceu no banco contra a Católica e, em seguida, ganhou lugar no time como substituto de Matheus Henrique.