O Grêmio confirmou o título do Gauchão e as previsões. Porém, ficou longe de confirmar as expectativas. A derrota de 2 a 1, de virada, para o Caxias deixou para Renato alguns alertas que precisam ser anotados e trabalhados para o restante da temporada. Não foi apenas a primeira derrota do time na Arena em seis meses. Tampouco a primeira neste pós-quarentena. Foi um jogo em que o adversário controlou as ações e teve a bola em, pelo menos, dois terços da partida.
Evidentemente, Maicon e Matheus Henrique fizeram muita falta. Pepê, com suas arrancadas e movimentação em diagonal, também faltou. Mas foi no meio-campo que o Caxias dominou o jogo e tornou o que se desenhava uma tarde tranquila em filme de terror. O Grêmio nem de longe parecia o mesmo time predominante de Caxias, com movimentações e trocas de posições do meio para a frente que confundiam a marcação. Foi essa noite em Caxias que garantiu a festa deste domingo.
No cômputo geral, podemos dizer que o título ficou em mãos adequadas. O Grêmio venceu três vezes o seu rival, fez um returno irretocável e construiu fora de casa a sua vantagem. O título, embora o susto na final, infla o peito, alivia o ambiente e garante um sorriso para retomar o Brasileirão, agora, e a Libertadores ali na frente. Renato, com o sétimo título em quatro anos, garante tranquilidade para seguir com a formatação deste grupo. É bom o torcedor ter em mente que o Grêmio passa por um processo de atualização, tanto na forma de jogar, com uma nova mecânica, quanto na moldagem do grupo. E fazer isso com título traz uma leveza e tanto.