O Grêmio teve diagnosticados dois jogadores com coronavírus. Estavam assintomáticos, felizmente, foram apartados e ficarão as duas próximas semanas em confinamento, como recomendam os protocolos. O clube também precisa fazer o rastreamento de familiares mais próximos, até para cumprir o caminho do vírus e isolá-lo.
Os torcedores devem se preparar. Não foram os primeiros e nem serão os últimos casos que teremos. Os casos são diagnosticados porque os clubes testam muito — e põe muito nisso — mais do que qualquer outro setor. À exceção, é claro, dos profissionais de saúde, que estão na linha de frente lutando bravamente por nós e pelas vidas dos nossos.
O Grêmio, nestas 10 semanas de trabalho, já aplicou 487 testes para covid-19. Precisará aplicar muito mais agora, com a volta dos treinos de forma coletiva. Os protocolos rígidos adotados tanto no CT Luiz Carvalho quanto no CT Parque Gigante precisarão ser ainda mais incrementados. Colocar todos os jogadores juntos no campo faz com que o risco de uma contaminação se eleve.
O treino tem troca de fluidos corporais, gritos e disputas. Logo, o gelo fino no qual caminhamos nessa retomada do futebol perde espessura e aumenta os riscos. Até porque jogador de futebol, embora no imaginário do torcedor tenha aura de super-herói, tem rotinas que são comuns a qualquer cidadão fora da bolha sanitária criada pelos clubes.
O novo normal do futebol não está só diferente na falta da torcida e no álcool gel em profusão. A partir de agora, os times serão escalados por questões técnicas, físicas e, infelizmente, pela sombra do coronavírus. Isso porque os clubes testam em massa. Como deveria ser feito em todos os setores da sociedade.