Mais do que o 2 a 0, as 21 finalizações e o domínio total do jogo, a vitória sobre o Brasil-Pel mostrou para Eduardo Coudet um lateral-direito com capacidade técnica e um candidato a um lugar no meio-campo.
Renzo Saravia jogou como se estivesse no Belgrano ou no Racing, clubes em que viveu seu melhor momento. Foi à frente, mostrou qualidade ofensiva e, mais do que isso, discernimento para ocupar os espaços que o Brasil oferecia.
A noite, no entanto, foi toda de Patrick. Ocupando a faixa esquerda do meio-campo, ele jogou com naturalidade e, mais do que isso, segurança de sobra para ser o condutor ofensivo do Inter. As melhores jogadas, em um primeiro tempo no qual D'Alessandro esteve desconectado e Nonato jogando sem objetividade, foram de Patrick. Os dois gols de cabeça no segundo tempo foram um prêmio pela atuação de luxo. Se não conseguiu cavar um lugar no time, ao menos o meio-campista virou uma alternativa de peso para o clássico histórico de quinta-feira.
Coudet deu pistas também, no fim de domingo com cara de verão, que mandará para a Arena um time mais agressivo e com a mesma ideia que lhe deu, contra a Universidad Católica, a melhor atuação em 13 jogos. Ou seja, nada de Lindoso como meia central. Em vez disso, Marcos Guilherme e a ideia de ser protagonista, seja onde for o jogo.